sábado, fevereiro 11, 2006

Ninguém sabe

Ando. Corro. Salto. Grito. Caio.
Nada me alivia a pressão interior que sinto. Sorrio, falsamente, dizendo que está tudo bem.
Ninguém sabe.
É assim que fecho os olhos e recomeço esta caminhada imaginária. E sinto os meus passos a dobrar por entre as sombras que agora não distingo.
E já não quero saber.
Perguntas-me. Respondo-te "está tudo bem", mesmo quando mais preciso de ti.
Não deste conta. Ninguém reparou. Ninguém sabe.
E não me olhem assim... porque eu estou bem, mesmo quando não estou.
Dobro a esquina, e não sei onde me encontrar.
Ninguém sabe.

11.02.06
02:25
Filipa