terça-feira, julho 26, 2005

Porto em fotos XIII - continuação 2


Vistas da Se (Igreja dos Grilos)
.
Às vezes não são precisas palavras para completar algo já de si sem espaço para mais nada.
Lindo.
Adoro!

Porto em fotos XIII - continuação


Torre dos Clerigos

Porto em fotos XIII


Torre da Camara Municipal do Porto

quinta-feira, julho 21, 2005

O Amor É Fodido (Parte 2)

Estou completamente viciada neste livro...
Na falta de outras palavras, é mesmo... fabuloso!
.
O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor, ele acabará, mais tarde ou mais cedo, por ser fodido.
É melhor do que morrer. Há coisas, como o ácool e os livros, que continuam boas. A morte é mais aborrecida.
Por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto, ninguém suporta viver um amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver esperança. Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo.
.
Adeus - aonde mandamos as pessoas. A última sílaba que ouvimos é dum nome que só conhecemos porque jurámos que nunca o havíamos de dizer.
.
Por estas e por outras estarás sempre eu contigo e tigo com mim.
.
Sofrer é fodido porque o amor é fodido - mas como foder o sentimento? Fazendo sofrer os outros? Já experimentei. Não resulta.
.
Quando estava contigo, só pensava noutras coisas. Nomeadamente: fugir. Não podia estar ali a ouvir dizer mal de mim. Não sabia discutir. Não acreditava em conversar. A tua única queixa era eu não estar lá quando tu querias. «Faz tudo menos fugir.» Mas eu não podia ir ter contigo enquanto tu continuavas naquele pranto, sem amor, de andar à procura de mim, só para me apanhar.
.
No meu pior pesadelo, a alma é só uma superfície plana onde tudo está parado, pelo que ninguém pode dizer o que nela vai.
.
Gostava que isto ficasse bem claro. Não me lembro de quase nada. Ainda a amo e por conseguinte esqueci-me de tudo.
Tolo que sou.
Só quem já se livrou de amar se pode dar ao luxo de se lembrar.
Saudades?!
A inveja que tenho a quem as tem! A puta que as pariu. Eu não tenho saudades - só frustrações.
Eu não me lembro - espero. Não sou um sentimental, caralho - estou apaixonado!
.
Dizem que a vida inteira pode caber numa única palavra, mas duvido.
.
in O Amor É Fodido
Miguel Esteves Cardoso
.

domingo, julho 17, 2005

O Amor É Fodido

Prefácio
"Nascemos todos com vontade de amar. Ser amado é ser secundário. Prejudica o amor que muitas vezes o antecede. Um amor não pode pertencer a duas pessoas, por muito que o queiramos. Cada um tem o amor que tem, fora dele. É esse afastamento que nos magoa, que nos põe doidos, sempre à procura do eco que não vem. Os que vêm são bem-vindos, às vezes, mas não são os que queremos. Quando somos honestos, ou estamos apaixonados, é apenas um que se pretende.
Tenho a certeza que não se pode ter o que se ama. Ser amado não corresponde jamais ao amor que temos, porque não nos pertence. Por isso escrevemos romances - porque ninguém acredita neles, excepto quem os escreve.
Viver é outra coisa. Amar e ser amado distrai-nos irremediavelmente. O amor apouca-se e perde-se quando se dá aos dias e às pessoas. Traduz-se e deixa de ser o que é. Só na solidão permanece."

.
I
"Quanto mais vou sabendo de ti, mais gostaria que ainda estivesses viva. Só dois ou três minutos: o suficiente para te matar. Merecias uma morte mais violenta. Se eu soubesse, não te tinha deixado suicidar com aquelas mariquices todas. Aposto que não sentiste quase nada. Não está certo. Eu não morri e sofri mais do que tu. Devias ter sofrido. Porque eras má. Eu pensava que não. Enganaste-me. Alguma vez pensaste no que isso representou na minha vida miserável? Agora apetece-me assassinar-te de verdade. É indecente que já estejas morta. (...)"
.
in O Amor É Fodido
Miguel Esteves Cardoso
.

sexta-feira, julho 15, 2005

Recordações

As recordações não são mais do que isso mesmo... E realmente não nos trazem nada de novo, apenas flashs ilusórios na mente que, com a sua grande lacuna - a não-percepção temporal - nos deixa num estado de transe, entre o passado e o presente, mas sem sinais do futuro.
Pois recordações são apenas usadas num único tempo verbal, aquele que nem sempre se pode levar à letra - Pretérito-Perfeito.
.
15 Julho 2005
14:27
Filipa

domingo, julho 10, 2005

Pensar...Ser...Sentir...

A invariável questão do ser não pode nunca ser posta em causa:
pensamos, logo existimos, e consequentemente sentimos.
Bela merda hein?
.
15 Junho 2005
03:25
.

sábado, julho 09, 2005

o aMor de hoje

O amor tem a sua origem no primeiro dos instintos de todos os animais: o de preservação da espécie. E, sem lhe roubar uma gota sequer da sua força animal, a história e a cultura humanas deram-lhe forma (...). Mas o facto é que, tal como o concebemos hoje, o amor é uma construção cultural, histórica, civilizacional. Essa dupla raiz - animal e civilizacional - faz do amor um dos elementos mais complexos e misteriosos daquilo que somos. E tão difícil nos é lidar com tamanha e tão misteriosa complexidade que, às vezes, chamamos de amor ao que não passa de vaidade.
.
Mário Negreiros, in Jornal de Negócios, em 05 Maio 2005
.

quarta-feira, julho 06, 2005

The Mess We're In

Can you hear them?
The helicopters?
I'm in New York
No need for words now
We sit in silence
You look me
In the eye directly
You met me
I think it's Wednesday
The evening
The MESS we're in and
The city sun sets over me
.
Night and day
I dream of
Making-love
To you now baby
Love-making
On-screen
Impossible dream
And I have seen
The sunrise
Over the river
The freeway Reminding
Of this mess we're in and
The city sun sets over me
.
What were you wanting?
I just want to say
Don't ever change now baby
And thank you
I don't think we will meet again
And you must LEAVE now
Before the sunrise
Above skyscrapers
The sin and
This mess we're in and
The city sun sets over me
.
by PJ Harvey & Tom York
.

terça-feira, julho 05, 2005


Falling Star, by Severin M. Koller
.
Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti.
.
Alexandre O'Neill
.