sexta-feira, dezembro 24, 2004

Férias

Sim, este blog vai de férias. Finalmente dizem vocês, claro! Eu não vos censuro! (grrr) Mas pronto, como vou para um lugar muito melhor (com esperanças de não voltar - sim porque aturar-vos dá-me cabo da paciência), não tendo possibilidades de o actualizar (inda bem!), podem ir comentando que depois eu leio e distribuo as minhas respostas adequadas (porrada talvez - com ajuda de alguém claro, porque eu sozinha corro bem em sentido contrario!).
E para não ficar muito longe da época natalícia (pareceria um tanto quanto mal e tal...)...
BOM NATAL e
FELIZ ANO NOVO!

Au revoir! eheheheh

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Poesia matemática

Quem 60 ao teu lado
e 70 por ti,
vai certamente rezar 1/3
para arranjar 1/2 de te levar
para 1/4
e ter a coragem de te dizer:
- 20 comer!!!

terça-feira, dezembro 21, 2004

E se a verdade for mulher?

Admitindo que a verdade seja mulher -, como? Não seria justificado suspeitar que todos os filósofos, sendo dogmáticos, pouco percebiam de mulheres? Que o sério arrepiante, a inoportuna falta de tacto que até agora têm utilizado para atingir a verdade eram meios demasiado desastrados e inconvenientes para conquistar os favores precisamente de uma mulher? Certo é que ela não se deixou conquistar.

in Para Além de Bem e Mal (Nietzsche)
Sils-Maria, 1885 (Prólogo)

segunda-feira, dezembro 20, 2004

Leave me now

I
Still don't know you
(night is closing in)
Tired shoulders
It feels over
(it follows us again)
One year older

Leave me now
Never call again
Each new ending
So different
So different

Show me then
The things you do
Be the friend
I never knew
Show me things
That i cannot do
Do without

Or without you

Still don't know me
(tell me what you need)
Each roll over
It's so over
Can't console me

Leave me now
Never call again
Each new ending
So different
So different

Show me then
The things you do
Be the friend
I never knew
Show me things
That i can do
Do without

Or without you.


by Matthew Herbert

domingo, dezembro 19, 2004

Porto em fotos V


[2003] Câmara Municipal do Porto - Av dos Aliados

O Outono chegou à avenida.
Se nos tentarmos abstrair das obras do metro (intermináveis!), podemos ver toda uma beleza que se envolve num lugar que respira o passado. O passado no presente.
Cada vez que olho para esta foto, da-me a sensação que é um lugar lindo, mas desconhecido, não fosse o principal edifício na foto ser a Câmara Municipal.
Adoro.

sábado, dezembro 18, 2004

Vulcões

Tudo é frio e gelado. O gume dum punhal
Não tem a lividez sinistra da montanha
Quando a noite a inunda dum manto sem igual
De neve branca e fria onde o luar se banha.
No entanto que fogo, que lavas, a montanha
Oculta no seu seio de lividez fatal!
Tudo é quente lá dentro... e que paixão tamanha
A fria neve envolve em seu vestido ideal!
No gelo da indiferença ocultam-se as paixões
Como no gelo frio do cume da montanha
Se oculta a lava quente do seio dos vulcões...
Assim quando eu te falo alegre, friamente,
Sem um tremor de voz, mal sabes tu que estranha
Paixão palpita e ruge em mim doida e fremente!

Florbela Espanca


quinta-feira, dezembro 16, 2004

Como sabemos seja o que for?

Se pensares nisso, verás que o interior da tua própria mente é a única coisa de que podes estar certo.
Seja o que for em que acredites - quer seja sobre o Sol, a Lua e as estrelas, a casa e o bairro em que vives, a história, a ciência, as outras pessoas, até mesmo a existência do teu próprio corpo - , é baseado nas tuas experiências e pensamentos, sentimentos e impressões dos sentidos. É só isso que tens acesso directo, quer vejas um livro nas tuas mãos, sintas o chão debaixo dos teus pés, ou que a água é H2O. Tudo o mais está mais afastado de ti do que as tuas experiências e pensamentos internos e é só através destes que te alcança.
Normalmente não tens dúvidas sobre a existência do chão debaixo dos teus pés, ou da árvore que está lá fora, ou dos teus próprios dentes. De facto, a maior parte do tempo nem sequer pensas nos estados mentais que te tornam consciente dessas coisas: parece que tens consciência directa delas. Mas como sabes que elas existem realmente?
Será que as coisas te pareceriam diferentes se de facto tudo existisse apenas na tua mente - se tudo o que tomas como mundo real exterior fosse apenas um sonho gigante, ou uma alucinação, do qual nunca vais acordar? Se assim fosse, então é claro que não poderias acordar, tal como acontece quando sonhas, porque não existiria qualquer mundo «real» no qual pudesses acordar.
Mas não poderiam todas as tuas experiências ser como um sonho gigante, sem nenhum mundo exterior fora dele? Como podes saber que não é o que se passa?
Se toda a tua experiência fosse um sonho sem nada la fora, então todos os dados que tentasses usar para provar a ti próprio que existe um mundo exterior seriam apenas parte do sonho.

Thomas Nagel
in Que Quer Dizer Tudo Isto?

domingo, dezembro 12, 2004

I can't get no...

Ensaios sobre o Amor

Talvez seja verdade que não existimos enquanto não houver quem veja que nós existimos, que não falamos enquanto não houver quem ouça o que estamos a dizer, no fundo, não estamos completamente vivos enquanto não formos amados.

Poucas coisas são tão estimulantes e simultaneamente aterrorizadoras como saber que somos o objecto do amor de alguém, já que para quem não está completamente convencido de que merece ser amado, ser alvo de carinho é como receber uma grande honra sem perceber bem porquê.

Assim que se resolve descobrir sinais de atracção mútua, tudo o que o ser amado diz ou faz pode ser interpretado como significando practicamente o que se quiser.

Só nos apaixonamos quando não sabemos por quem estamos apaixonar-nos.

Se nos apaixonamos com tanta rapidez, talvez seja porque a vontade de amar precede o objecto do amor.

Apaixonamo-nos na esperança de não encontrarmos no outro aquilo que sabemos existir em nós - cobardia, fraqueza, preguiça, desonestidade, acomodação e estupidez.


Alain de Botton -"Ensaios Sobre O Amor"

sábado, dezembro 11, 2004

Strange and Beautiful (I´ll Put a Spell on You)


Please leave me alone, by Sue Anna Joe


I've been watching your world from afar,
I've been trying to be where you are,
and I've been secretly falling apart,
I'll see.
To me, you're strange and you're beautiful,
you'd be so perfect with me but you just can't see,
you turn every head but you don't see me.

I'll put a spell on you,
You'll fall asleep and I'll put a spell on you.
And when I wake you,
I'll be the first thing you see, lyricstop
and you'll realise that you love me.

Sometimes, the last thing you want comes in first,
sometimes, the first thing you want never comes,
and I know, the waiting is all you can do,
sometimes...

I'll put a spell on you,
you'll fall asleep,
I'll put a spell on you,
and when I wake you,
I'll be the first thing you see,
and you'll realise that you love me.

I'll put a spell on you,
you'll fall asleep 'cos I'll put a spell on you,
and when I wake you,
I'll be the first thing you see,
and you'll realise that you love me, yeah...

by Aqualung

sexta-feira, dezembro 10, 2004

Natureza perfeita

As vezes penso como é possível que a natureza seja perfeita? Tudo tem um objectivo! Nós, os humanos, nascemos, e no entanto já sabemos respirar, sabemos quando queremos comer, quando temos sono, e até sabemos fazer com que nos oiçam!...
Tudo é perfeito. O sofrimento é perfeito, pois rasga-nos por dentro; a falicidade é perfeita, porque dá-nos a sensação de que estamos realizados; e até o próprio homem é perfeito: foi criado burro para ensinar aos outros a sua burrice, se achar o dono do universo e destruir-se a si próprio.
A natureza é perfeita!

Filipa
04 janeiro 2002
03:00

Vanishment

My words vanished in the air,
and emptyness filled my soul with dust...
Filipa
28 Maio 2003
22:00

Solidão

Solidão não é estar só,
é estar entre 1000 pessoas
e sentir falta de uma.

anónimo

terça-feira, dezembro 07, 2004

Porto em fotos IV


Avenida dos Aliados [2003]

O Outono na Avenida.
Creio que esta é uma das imagens que tirei num dia em que peguei numa máquina manual, a minha preferida, e fui para a avenida dos aliados feita turista tirar fotos. Andei de um lado para o outro no Porto, sozinha, e simplesmente adorei! Há coisas que no nosso dia-a-dia não reparamos, mas que, se tivermos um tempinho, ou mesmo que não tenhamos, basta ter um pouco mais de atenção em nosso redor, e não tornar os espaços como sendo banais e por nós reconhecidos facilmente, e tão simplesmente contemplar um Porto que se esconde ao olhar comum, mas que se mostra ao olhar atento como sendo das coisas mais fascinantes que existe.
Porque olhar, não é ver.
Adoro a minha cidade, adoro o Porto.


A cruel e dura verdade

Se fores chata, as tuas amigas perdoam.
Se fores agressiva, as tuas amigas perdoam.
Se fores egoísta, as tuas amigas perdoam.

Agora, experimenta ser Magra e Linda ...Tás lixada!!!


sábado, dezembro 04, 2004


Love's secret domain

Elm

I know the bottom, she says. I know it with my great tap root:
It is what you fear.
I do not fear it: I have been there.

Is it the sea you hear in me,
Its dissatisfactions?
Or the voice of nothing, that was your madness?

Love is a shadow.
How you lie and cry after it
Listen: these are its hooves: it has gone off, like a horse.

All night I shall gallop thus, impetuosly,
Till your head is a stone, your pillow a little turf,
Echoing, echoing.

Or shall I bring you the sound of poisons?
This is rain now, this big hush.
And this is the fruit of it: tin-white, like arsenic.

I have suffered the atrocity of sunsets.
Scorched to the root
My red filaments burn and stand, a hand of wires.

Now I break up in pieces that fly about like clubs.
A wind of such violence
Will tolerate no by standing: I must shriek.

The moon, also, is merciless: she would drag me
Cruelly, being barren.
Her radiance scathes me. Or perhaps I have caught her.

I ler her go. I let her go
Diminished and flat, as after radical surgery.
How your bad dreams possess and endow me.

I am inhabited by a cry.
Nightly it flaps out.
Looking, with its hooks, for something to love.

I am terrified by this dark thing
That sleeps in me;
All day I feel its soft, feathery turnings, its malignity.

Clouds pass and disperse.
Are those the faces of love, those pale irretrievables?
Is it for such I agitate my heart?

I am incapable of more knowledge.
What is this, this face
So murderous in its strangle of branches?

Its snaky acids kiss.
It petrifies the will. These are the isolate, slow faults
That kill, that kill, that kill.

Sylvia Plath

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Impotência

Chego às vezes aquele ponto de ver as coisas desfalecerem-se nas minhas mãos, perante o meu olhar aterrorizado de medo e impotência, numa vida retorcida que ainda não percebi...

Filipa
23 Fevereiro 2004
01:48

quinta-feira, dezembro 02, 2004

Decisions

Decisions are made by intelligent people,
but not always those decisions are clever as well.