sexta-feira, novembro 28, 2008

Casualidade vs Causalidade

Às vezes colocamo-nos numa questão que poderá ou não ser crucial, consoante a causalidade: quem é mais importante? Eu? Ou o(s) outro(s)?
A resposta poderá não ser tão lógica quanto a mentalidade obriga ou esclarece.
Vivemos num mundo de interesses. A possibilidade de encontrarmos alguém que viva com o que sente é muito, mas muito difícil. Vivemos em função da nossa satisfação pessoal e ocasional. É uma realidade, não é um facto. Daí a importância do EU. Eu posso, quero e faço.
A individualidade da coisa sugere outro dado importante: a falta de sentimento ou, mais preocupante ainda, a ausência do acto de pensar.
É-nos desde muito cedo incutida a ideia de lutarmos pela excelência e perfeição do ser, e com o tempo esquecemo-nos que a perfeição não existe. Vivemos assim em busca de algo que nunca iremos encontrar. E eu pergunto: onde está a beleza do defeito? Da fraqueza? Se todos temos defeitos, e às vezes nos sentimos fracos, é assim tão importante colocar a nossa fantástica máscara da perfeição?
Já somos individuais, porquê a necessidade de sermos individualistas?
Porquê casualidade? Porque não causalidade?
Desenferrugem a merda do pensamento e pensem nisto.

quarta-feira, novembro 26, 2008

O Regresso

Apenas com uma frase interessante...

Marco Polo descreve uma ponte, pedra a pedra.- Mas qual é a pedra que sustém a ponte? - perguntou Kublai Kan- A ponte não é sustida por esta ou por aquela pedra - responde Marco, - mas sim pela linha do arco que elas formam.Kublai Kan permanece silencioso, reflectindo. Depois acrescenta: - Porque me falas das pedras? É só o arco que me importa.Polo responde: - Sem pedras não há arco.

As Cidades Invisíveis
Ítalo Calvino