domingo, outubro 31, 2004
Lógica?
Na lógica social
o lucro subjuga o Homem e a Natureza...
E a esperança, é a trela da submissão.
10(0) things?
Do you want me to say 10 things I hate about you?
Cause I could tell you 100 things
but that wouldn't make me love you less.
The exception I make
in waiting for nothing
is what 's making me love you less
till the point I guess... I don't love you anymore.
Cause I could tell you 100 things
but that wouldn't make me love you less.
The exception I make
in waiting for nothing
is what 's making me love you less
till the point I guess... I don't love you anymore.
quarta-feira, outubro 27, 2004
Frase do dia
A masturbação é algo tão surreal, que por vezes me faz tornar narcisista... e até pensar que era bem melhor amar-me e "cagar" nos outros...
Diz quem diz...
Diz quem diz...
Voxx
Apesar de o facto ter acontecido há já algum tempo, só agora tomei conhecimento, e assim torno este dia de luto para mim.
A rádio Voxx fechou...
Para quem conhecia a Voxx, percebe o porquê da minha tristeza. Cresci culturalmente com esta radio. Durante muito tempo deu-me Thievery Corporation, Krueger & Dorfmeister, Gotan Project, Micatone, Herbert, St. Germain, Llorca, entre tantos outros. Programas como Galinhas no horizonte; Casa, Bateria e Baixo; O Refugado de Hortelã, com slogans Voxx, uma rádio amarela num país cinzento; Voxx, um mega fenómeno de impopularidade; etc, fizeram da rádio uma paragem obrigatória para qualquer ouvinte.
Hoje, não existe. E por isso mesmo, este dia, é de luto, porque não há coisa pior que matar a cultura, quando há tanta merda por aí no ar.
Hoje, sinto-me revoltada.
A rádio Voxx fechou...
Para quem conhecia a Voxx, percebe o porquê da minha tristeza. Cresci culturalmente com esta radio. Durante muito tempo deu-me Thievery Corporation, Krueger & Dorfmeister, Gotan Project, Micatone, Herbert, St. Germain, Llorca, entre tantos outros. Programas como Galinhas no horizonte; Casa, Bateria e Baixo; O Refugado de Hortelã, com slogans Voxx, uma rádio amarela num país cinzento; Voxx, um mega fenómeno de impopularidade; etc, fizeram da rádio uma paragem obrigatória para qualquer ouvinte.
Hoje, não existe. E por isso mesmo, este dia, é de luto, porque não há coisa pior que matar a cultura, quando há tanta merda por aí no ar.
Hoje, sinto-me revoltada.
segunda-feira, outubro 25, 2004
Agonia
Sinto-me como se algo estivesse a ser puxado dentro de mim, a
desmaterializar-se, a explodir.
Que sensação horrivel esta que vai dentro de mim...
A madrugada nasce, o silêncio levanta-se, a lua mostra-se, embora escondida, com vergonha, por entre as nuvens, e o meu ser grita, ecoa no vazio que o silêncio provoca.
Sinto as minhas mãos tremerem. O meu coração como que disparou, e parece estar numa corrida que sabe não ganhar.
Sinto-me impaciente. Nada do que vejo me faz sentir bem, nada me acalma, nada me devota para o mundo que tento alcançar, sem sucesso.
Suspiro...
O ar parece pesado, lento, mas tão confuso!... tão incompreensível!
Quero renascer! Quero...
Sonhei contigo. Acreditas?... Já não sei quantas vezes te disse adeus, nem quantas vezes me senti à espera. À espera que o tempo mude. À espera que a noite dê lugar ao dia. À espera.
Tenho medo de fechar os olhos e desfalecer-me nesse escuro artificial, nesse poço sem fundo, na atmosfera sem gravidade que me faz flutuar eternamente no vazio.
Tanta contrariedade. Tanta luta, e imensa confusão.
Estar ou não estar. Querer ou não querer. Ter... ou não ter... eis a questão... ?
Filipa
00:22 (mesmo dia)
desmaterializar-se, a explodir.
Que sensação horrivel esta que vai dentro de mim...
A madrugada nasce, o silêncio levanta-se, a lua mostra-se, embora escondida, com vergonha, por entre as nuvens, e o meu ser grita, ecoa no vazio que o silêncio provoca.
Sinto as minhas mãos tremerem. O meu coração como que disparou, e parece estar numa corrida que sabe não ganhar.
Sinto-me impaciente. Nada do que vejo me faz sentir bem, nada me acalma, nada me devota para o mundo que tento alcançar, sem sucesso.
Suspiro...
O ar parece pesado, lento, mas tão confuso!... tão incompreensível!
Quero renascer! Quero...
Sonhei contigo. Acreditas?... Já não sei quantas vezes te disse adeus, nem quantas vezes me senti à espera. À espera que o tempo mude. À espera que a noite dê lugar ao dia. À espera.
Tenho medo de fechar os olhos e desfalecer-me nesse escuro artificial, nesse poço sem fundo, na atmosfera sem gravidade que me faz flutuar eternamente no vazio.
Tanta contrariedade. Tanta luta, e imensa confusão.
Estar ou não estar. Querer ou não querer. Ter... ou não ter... eis a questão... ?
Filipa
00:22 (mesmo dia)
Quando é tarde demais
Porque será que só damos o verdadeiro valor às coisas, quando as perdemos de vez?...
Seremos tão cegos ao ponto de não aproveitarmos, e não sentirmos o quanto é bom termos aquilo que queremos, nem tão pouco dormirmos com a consciência que nada mais poderíamos desejar, só aquilo que já temos?...
Seremos nós tão gananciosos, que queremos sempre mais, e mais, até que, ao perdermos o nosso bem precioso, nos damos conta que nada mais queríamos, que aquilo que acabamos de perder?...
Filipa
08 Junho 2003
Seremos tão cegos ao ponto de não aproveitarmos, e não sentirmos o quanto é bom termos aquilo que queremos, nem tão pouco dormirmos com a consciência que nada mais poderíamos desejar, só aquilo que já temos?...
Seremos nós tão gananciosos, que queremos sempre mais, e mais, até que, ao perdermos o nosso bem precioso, nos damos conta que nada mais queríamos, que aquilo que acabamos de perder?...
Filipa
08 Junho 2003
Desassossego III
O que me doi não é o que há no coração, mas essas coisas lindas que nunca existirão...
São as formas sem forma que passam sem que a dor as possa conhecer ou as sonhar o amor.
Sâo como se a tristeza fosse árvore e, uma a uma, caissem suas folhas entre o vestígio e a bruma...
Fernando Pessoa
São as formas sem forma que passam sem que a dor as possa conhecer ou as sonhar o amor.
Sâo como se a tristeza fosse árvore e, uma a uma, caissem suas folhas entre o vestígio e a bruma...
Fernando Pessoa
quinta-feira, outubro 21, 2004
Desassossego II
Com que posso contar comigo?
Uma acuidade horrivel das sensações, e a compreensão profunda de estar sentindo...
Uma inteligência aguda para me destruir, e um poder de sonho sôfrego de me entreter...
Uma vontade morta e uma reflexão que a embala, como a um filho vivo...
Fernando Pessoa
1929
Uma acuidade horrivel das sensações, e a compreensão profunda de estar sentindo...
Uma inteligência aguda para me destruir, e um poder de sonho sôfrego de me entreter...
Uma vontade morta e uma reflexão que a embala, como a um filho vivo...
Fernando Pessoa
1929
Desassossego
Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
O que confesso não tem importância, pois nada tem importância.
Faço paisagens com o que sinto. Faço férias das sensações.
Fernando Pessoa
1929
O que confesso não tem importância, pois nada tem importância.
Faço paisagens com o que sinto. Faço férias das sensações.
Fernando Pessoa
1929
segunda-feira, outubro 18, 2004
Homenagem
Massive Attack
Porque há coisas de que vale a pena falar, e ouvir, dedico o dia de hoje a uma das melhores bandas, na minha opinião, de todos os tempos, os Massive Attack.
Blue Lines, Protection, Mezzanine e 100th Window, quatro obras primas que nos envolvem num mundo diferente, por vezes obscuro ou libertador.
Deixo-vos aqui uma das minhas músicas preferidas, do album Mezzanine.
Dissolved Girl
Shame, such a shame
I think I kind of lost myself again
Day, yesterday
Really should be leaving but I stay
Say, say my name
I need a little love to ease the pain
I need a little love to ease the pain
It's easy to remember when it came
'Cause it feels like I've been
I've been here before
You are not my savior
But I still don't go
Feels like something
That I've done before
I could fake it
But I still want more
Fade, made to fade
Passion's overrated anyway
Say, say my name
I need a little love to ease the pain
I need a little love to ease the pain
It's easy to remember when it came
'Cause it feels like I've been
I've been here before
You are not my savior
But I still don't go, oh
I feel live something
That I've done before
I could fake it
But I still want more, oh.
My Angel
I'll do it myself
See my hands full of nothing,
keeping distance from something I can't get away from.
Crawling, bleeding and crying.
You're dying so softly.
Come my angel, see my eyes searching for you.
See my death so near.
Hide away, run.
Faith will no longer be what you've expected.
Your body is twisting for mine, and mine's belching forth yours.
Bleed your will, look upon thy hands,
they're empty, like you've always been.
Filipa
(mesmo dia , 16:12)
domingo, outubro 17, 2004
Transfatty Acid
No one said it would be easy
Did anyone tell you the road would be straight and long?
Relax your mind and give it all to me
Cos you know, and I know, our love is strong enough
To weather the rain
To weather the snow
To weather the storm
To weather the rain
To weather the snow
To weather the storm
Often I see fear in your eyes
And sometimes, I know, your heart is full of little arrows
But trusting me and no one can do you wrong
Cos I know, and you know, our love is strong enough
To weather the rain
To weather the snow
To weather the storm
To weather the rain
To weather the snow
To weather the storm
To weather the rain
To weather the snow
To weather the storm
To weather the rain
To weather the snow
To weather the storm .
Did anyone tell you the road would be straight and long?
Relax your mind and give it all to me
Cos you know, and I know, our love is strong enough
To weather the rain
To weather the snow
To weather the storm
To weather the rain
To weather the snow
To weather the storm
Often I see fear in your eyes
And sometimes, I know, your heart is full of little arrows
But trusting me and no one can do you wrong
Cos I know, and you know, our love is strong enough
To weather the rain
To weather the snow
To weather the storm
To weather the rain
To weather the snow
To weather the storm
To weather the rain
To weather the snow
To weather the storm
To weather the rain
To weather the snow
To weather the storm .
sexta-feira, outubro 15, 2004
Lost...
Transsylvanian Woods, by Sylvia Plachy
This is me, and I'm lost.
Will you help me find myself ?
I think i need some protection.
quarta-feira, outubro 13, 2004
A Faca
Lume navalha que rasga o ventre da solidão,
vingança de quem se gasta queimando
frases em vão.
terça-feira, outubro 12, 2004
Como se esquece
Como é que se esquece alguém que se ama?
Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver?
Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar?
Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
Como?
anónimo
Sonho contigo
Sim. Sonho contigo.
Sonho o teu calor, sonho o teu corpo abraçando-me no escuro, sinto-te a respirar sem fôlego ao pé de mim, a soprar-me de leve no pescoço... vejo-te tão perto e no entanto tão longe...
Isto é saudade...
Vejo-te triste na hora da partida, a chorar sentada no chão, com a dor toldada no teu rosto de primavera, com o orgulho a impedir o pranto, com a esperança que o tempo parasse e que o passado fosse a eternidade...
anónimo
Voltas e mais voltas
A vida que tomamos, nem sempre é a que desejamos.
Às vezes só queria voar daqui. Voar para bem longe. Esquecer tudo. Aquilo que fiz, e que não fiz, e aquilo que poderia ou não fazer. Porque a vida por vezes dá tantas voltas, que ficamos completamente desnorteados... e perante tal situação só queremos parar o movimento e arrumar as ideias... mas a vida não pára. Nunca o fez...
Sinto por vezes que aquilo que nunca deveria ter feito, o fiz ao quadrado, que aquilo que não deveria sentir, sinto a crescer cada vez mais, descontroladamente, como uma pedra a cair no vazio... e não há pior sentimento que a frustração de um sonho perdido... e mais... tê-lo perdido por culpa própria...
Acho honestamente que a estupidez deveria ser pecado mortal. Para mim vai ser, pois ter as coisas na mão e deixá-las voar, só um estúpido consegue tal proeza...
Tantas vezes tive o mundo a meus pés, e tantas vezes o pontapeei...
Tenho uma natural tendência para o masoquismo. Adoro controlar as coisas, senti-las na minha mão, e mesmo estando a sofrer sinto necessidade de por a prova essas coisas para senti-las em meu poder. É quase como que uma droga, enquanto está a fazer efeito, não nos apercebemos do que se passa à nossa volta, e quando acordamos, estamos vazios, sozinhos, e ainda ficamos com cara de parvos!...
É que, um comboio, anda sempre na linha, se esta for regular... E Nós apenas compramos um bilhete de ida, não estamos própriamente a controlar o raio do comboio!... E é quase como batermos com a cabeça na parede, com uma brutalidade despertadora, quando nos apercebemos que somos apenas passageiros... meros passageiros...
É bom podermos controlar um carro, mas não nos podemos esquecer que não controlamos a estrada e o tempo.
E eu acho que, enquanto não me aperceber disso... muita coisa vou perder... muita coisa de facto...
"isto é viver"...
Filipa
(10/08/04 - 01:59am)
Às vezes só queria voar daqui. Voar para bem longe. Esquecer tudo. Aquilo que fiz, e que não fiz, e aquilo que poderia ou não fazer. Porque a vida por vezes dá tantas voltas, que ficamos completamente desnorteados... e perante tal situação só queremos parar o movimento e arrumar as ideias... mas a vida não pára. Nunca o fez...
Sinto por vezes que aquilo que nunca deveria ter feito, o fiz ao quadrado, que aquilo que não deveria sentir, sinto a crescer cada vez mais, descontroladamente, como uma pedra a cair no vazio... e não há pior sentimento que a frustração de um sonho perdido... e mais... tê-lo perdido por culpa própria...
Acho honestamente que a estupidez deveria ser pecado mortal. Para mim vai ser, pois ter as coisas na mão e deixá-las voar, só um estúpido consegue tal proeza...
Tantas vezes tive o mundo a meus pés, e tantas vezes o pontapeei...
Tenho uma natural tendência para o masoquismo. Adoro controlar as coisas, senti-las na minha mão, e mesmo estando a sofrer sinto necessidade de por a prova essas coisas para senti-las em meu poder. É quase como que uma droga, enquanto está a fazer efeito, não nos apercebemos do que se passa à nossa volta, e quando acordamos, estamos vazios, sozinhos, e ainda ficamos com cara de parvos!...
É que, um comboio, anda sempre na linha, se esta for regular... E Nós apenas compramos um bilhete de ida, não estamos própriamente a controlar o raio do comboio!... E é quase como batermos com a cabeça na parede, com uma brutalidade despertadora, quando nos apercebemos que somos apenas passageiros... meros passageiros...
É bom podermos controlar um carro, mas não nos podemos esquecer que não controlamos a estrada e o tempo.
E eu acho que, enquanto não me aperceber disso... muita coisa vou perder... muita coisa de facto...
"isto é viver"...
Filipa
(10/08/04 - 01:59am)